Pros corteja PSB e ameaça permanência de Cid Gomes no partido

O governador Cid Gomes, nome de maior expressão do recém-criado Pros (Partido Republicano da Ordem Social), pode ser forçado a deixar o partido. O sentimento é do líder Na Câmara  Federal, deputado Givaldo Carimbão, que iniciou negociações com o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos. Cid, aliado da presidente Dilma Rousseff, tenta conter os ânimos.
Cid Gomes telefonou para o presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, para tentar tirar o partido do "blocão", grupo de aliados insatisfeitos com o governo. Ouviu de Eurípedes que quem manda na bancada é o líder do Pros, Givaldo Carimbão.
No Senado, o ambiente também não é dos melhores para o governador cearense. O líder do partido no Senado , Ataídes Oliveira (Tocantins), também representa oposição de Cid na cúpula do Pros. O senador desembarca hoje no Ceará para informar a Cid que ele não fala sozinho pelo partido. Uma atitude provocativa e desnecessária a maior liderança nacional do Pros.
Os impedimentos legais à saída dos Ferreira Gomes da legenda depois da nova investida do Pros de apoiar a candidatura de Eduardo Campos criam um problema enorme para Cid e seus aliados. Ontem, o presidente nacional Euripedes Junior e os líderes Ataídes Oliveira e Givaldo Carimbão  apresentaram ao Planalto uma  lista de exigências, sem o Ceará. Pedem apoio à candidatura de José Melo no estado do Amazonas, a Ataídes Oliveira em Tocantins, e a Miro Teixeira no Rio de Janeiro. O recado dado foi claro. Pedidos do governador Cid não atendem a interesses do Pros.
Enquanto o Pros pressiona Aloísio Mercadante e Ideli Salvatti, Eduardo Campos dá como certa a aliança com o Pros, segundo publicou hoje o jornal carioca O Globo. O atual cenário desenha uma crise para o futuro de Cid no Pros.